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CIRÚRGICO, anatomias do corpo em invenção

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo da equipe do Museu de Anatomia Humana Prof. Alfonso Bovero, que aborda a exposição temporária “Cirúrgico”, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por eles, devido à sua qualidade informativa:


Em CIRÚRGICO, Victor Grizzo revisita a história da anatomia enquanto campo de confluência entre arte e ciência, criando obras que transitam entre o rigor anatômico e a fabulação poética. Cada trabalho opera como uma incisão que revela, para além de músculos e ossos, as camadas de representação e construção cultural que definem o corpo como signo – um corpo que, na arte, deixa de ser apenas organismo para tornar-se linguagem e pensamento visual. A mostra apresenta a série “Cirurgias”, com obras como Cirurgia para Bordadeiras, Cirurgia para Nadadores e Cirurgia para Pianistas. Nessas criações, Grizzo constrói anatomias de invenção que sugerem hibridizações entre o corpo humano e outras espécies, evocando tanto os atlas anatômicos do século XIX quanto imaginários protocientíficos fantásticos, como em Frankenstein. Seu trabalho convoca reflexões sobre mimese e fabulação na arte, tensionando os limites entre representação científica e invenção estética. Utilizando acrílica, grafite e lápis de cor sobre papel algodão, o artista articula um vocabulário visual minucioso, que mescla precisão de traço, delicadeza técnica e densidade conceitual.

 

“Em tempos de procedimentos cirúrgicos altamente tecnológicos e voltados a padrões de beleza uniformizados, Grizzo recorre aos recursos de outras espécies da natureza, sugerindo a hibridização entre o humano e outros seres. Com um vocabulário estético que remete a um imaginário protocientífico fantasioso, o artista explora livremente, com humor e criatividade, as infinitas possibilidades da invenção.” – Mariana Leão, curadora

 

A exposição CIRÚRGICO reúne 18 obras originais que propõem, em conjunto, uma cartografia imaginária do corpo humano, revelando ao público tanto suas estruturas visíveis quanto as camadas subjetivas que nos constituem. As peças podem ser vistas no Museu de Anatomia Humana Prof. Alfonso Bovero, sob coordenação da Profa Dra. Silvia Lacchini, onde dialogam com o acervo científico do espaço e reforçam a potência da arte como instrumento de reflexão sobre a condição humana.

 

Sobre o artista – Victor Grizzo (Jaú, 1992) é artista visual, escritor e educador. Licenciado e bacharel em História pela USP, explora em suas pinturas, desenhos e textos a anatomia, a memória e a literatura, criando narrativas que transitam entre o lúdico, o científico e o fantástico.

 

Entre suas exposições, destacam-se Methamorphosis (Senac-Lapa Scipião), Interior em Mim (Casa de Cultura de Jaú) e sua participação em O Mundo de Tim Burton (MIS-SP). É autor dos livros Onde Moram os Ventos, Luz dos Olhos Meus e O Segredo que Habitava o Armário.

 

Serviço – 16 de julho de 2025 | 13h às 16h – Museu de Anatomia Humana Prof. Alfonso Bovero – ICB III, USP Av. Prof. Lineu Prestes, 2415 – Cidade Universitária, Butantã, São Paulo/SP. Entrada gratuita.

 

Contato – Museu de Anatomia da USP
De segunda a sexta, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h.
Telefone: +55 (11) 3091-7360
E-mail: mah@icb.usp.br

Artista Victor Grizzo – Instragram: @victor.grizzo

08/07/25
Projeto “#Adote” do ICB-USP marca presença na 8ª edição do SciBiz com destaque para ações de divulgação científica

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo da professora Rita de Cássia Café Ferreira, que aborda a participação Projeto “#Adote” do ICB-USP na 8ª edição do SciBiz, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por ela, devido à sua qualidade informativa:


Alunos do ICB-USP protagonizam ações de divulgação científica e demostram como ensino, extensão e inovação caminham juntos.

 

O projeto de extensão universitária “#Adote” foi convidado a participar da 8ª edição do “SciBiz – Science meets Business”, realizada entre os dias 16 e 18 de junho de 2025, em São Paulo. A iniciativa “#Adote” é coordenada pela professora Rita de Cássia Café Ferreira, docente do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e membro do Centro em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos (CEPID B3).

 

 

Durante o evento, que é reconhecido por promover a integração entre ciência, inovação e empreendedorismo, o projeto apresentou os frutos da Atividade Extensionista intitulada “Projeto #Adote: Adote uma Bactéria, Vírus ou Fungo”, desenvolvida no próprio Departamento de Microbiologia do ICB-USP. A proposta busca aproximar o conhecimento científico da sociedade por meio da educação lúdica e criativa, tendo como protagonistas os próprios alunos da universidade.

 

 

Entre os destaques da exposição estiveram jogos e materiais educativos produzidos por estudantes, com o objetivo de tornar o aprendizado sobre microbiologia acessível e atrativo para diferentes públicos, especialmente jovens e adolescentes. Entre as atrações mais comentadas estavam os jogos didáticos “TrepoWar” e “Escape Room”.

 

O “TrepoWar” é um passatempo sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que simula batalhas imunológicas contra a bactéria causadora da sífilis (Treponema pallidum pallidum). Já o “Escape Room” é uma experiência imersiva que combina raciocínio e conhecimento científico para “escapar” de um cenário baseado em temas microbiológicos que envolvem o gênero Neisseria, responsável por causar doenças como meningite e a IST gonorreia (Neisseria gonorrhoeae).

 

Além dos jogos interativos, também foram apresentados:

 

  • O jogo “Mycobacterium detetives”, uma aventura investigativa para compreender o gênero Mycobacterium;

 

  • As revistas educativas “Explorando o mundo dos Vírus” e “Rato Wellington”, que trazem informações microbiológicas em formato leve, ilustrado com interações lúdicas;

 

  • As histórias em quadrinhos “ coli: heroína ou vilã?”, que discute o papel ambíguo da bactéria no corpo humano, e “Keeping up with the Neisseria”, uma sátira informativa que aborda o gênero Neisseria com linguagem jovem e instigante.

 

 

A participação no SciBiz representa mais um passo importante na missão do projeto “#Adote”: democratizar o acesso ao conhecimento científico e despertar o interesse do público geral pela microbiologia.


 

  • Jogo “TrepoWar”
  • Autores: Beatriz Rodrigues Seiler e Helena Cristina de Albuquerque Corrêa;
  • Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa, Carolina Diorio Nastaro, Gabriel Rezende Coelho e Matheus Gallardo Souza Inoue;
  • Professora responsável: Rita de Cássia Café Ferreira.

 

  • Jogo “Escape Room”
  • Autores: Amanda Mendes Leite, Beatriz do Nascimento Barbosa, Bianca Ferreira Arruda, Débora Schivartche Wilder, Estela Correia Leandro Dos Santos, Fernanda Marques de Sousa, Gabriel Mendes Duarte, Hellen Moraes Nascimento, Luiza Mutschele Sena e Murilo Camargo de Oliveira;
  • Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa;
  • Professora responsável: Rita de Cássia Café Ferreira.

 

  • Jogo “Mycobacterium detetivis”
  • Autores: Bárbara Tozzi Bergoci, Gabriel de Souza Silva, Gabriela Cunha Dutra, Gustavo Souza Barros, Isabella Elisa Lima Adriano, Jorge Luiz Guilherme Rodrigues, Karima de Carvalho Awada, Maria Luiza Albuquerque, Mariana Bermudez de Almeida e Mariana Silva Aoki;
  • Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa e Lara Nardi Baroni;
  • Professora responsável: Rita de Cássia Café Ferreira.

 

  • Revista Educativa “Rato Wellington”
  • Autores: João Pedro Andriolo Ramos, Maria Luiza Barbosa Bastos, Mariana Mayumi Hara Maciel, Nathaly Andreia Gabriel da Rocha e Rogers Andrade;
  • Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa, Carolina Diorio Nastaro e Giovana Tarantini;
  • Professora responsável: Rita de Cássia Café Ferreira.

 

  • Revista Educativa “Explorando o mundo dos vírus”
  • Autores: Alliah Maciel dos Santos Silva, Ana Beatriz Ferreira Testa, Camila Miria Inacia Pereira, Camily Vitória S. Cacique da Silva e Júlio César Lima Alves Cassoli;
  • Mediadores: Fernanda Panicio Vizu e Gustavo de Oliveira Fenner;
  • Professora responsável: Jansen de Araujo.

 

  • HQ “E.coli: heroína ou vilã?”
  • Autores: Beatriz Dinat Labone Silva, Bruna Gennari Rosa, Fernanda Ayumi Nagay Yoshihara, Giovanna Matos Rodrigues, Giovanna Tresso Custodio, Isabelle Carolina Cotrim Gozzi, Isadora Medeiros e José Ricardo Ferreira de Lucena;
  • Mediadores: Lara Nardi Baroni;
  • Pesquisadora responsável: Drª. Ana Carolina Ramos Moreno;
  • Professora responsável: Rita de Cássia Café Ferreira.

 

  • HQ “Keeping up with the Neisseria”
  • Autores: Amanda Mendes Leite, Beatriz do Nascimento Barbosa, Bianca Ferreira Arruda, Débora Schivartche Wilder, Estela Correia Leandro Dos Santos, Fernanda Marques de Sousa, Gabriel Mendes Duarte, Hellen Moraes Nascimento, Luiza Mutschele Sena e Murilo Camargo de Oliveira;
  • Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa;
  • Professora responsável: Rita de Cássia Café Ferreira.
08/07/25
“Ciência em Voga”: ICB-USP promove educação em saúde de forma lúdica em escolas públicas

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo da professora Elisa Kawamoto, que trata sobre as atividades de educação em saúde promovidas pelo projeto “Ciência em Voga”, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por ela, devido à sua qualidade informativa:


Alunos da graduação e pós-graduação do ICB-USP promovem atividades interativas para crianças e adolescentes em São Paulo e Sorocaba.

 

Com o objetivo de aproximar o conhecimento científico da comunidade e promover educação em saúde de forma acessível e lúdica, o projeto de extensão universitária “Ciência em Voga”, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, realizou, no primeiro semestre deste ano, duas ações marcantes em escolas públicas do Estado de São Paulo. As atividades, que ocorreram em maio e junho, envolveram temas como higienização das mãos, primeira menstruação, controle de piolhos e vacinação.

 

Primeira parada: Escola Estadual Clorinda Danti – No dia 9 de maio, a equipe do projeto esteve na E.E. Prof. Clorinda Danti, localizada na Vila Lageado, zona oeste da capital paulista. A ação contemplou cerca de 150 alunos do ensino fundamental I, das 4ª e 5ª séries, com temas escolhidos em parceria com a equipe pedagógica da escola: primeira menstruação, piolhos e higiene das mãos.

 

As oficinas contaram com palestras interativas, materiais didáticos e atividades práticas. Um dos destaques foi a peça teatral com fantoches sobre a menstruação, que despertou o interesse tanto de meninas quanto de meninos, promovendo um ambiente de acolhimento e a quebra de tabus. Já na atividade de higienização, as crianças realizaram experiências com água, sabão e orégano para visualizar a importância da lavagem correta das mãos.

 

Além disso, os alunos aprenderam a identificar e combater a infestação por piolhos, utilizando bexigas com “cabelos” de papel crepom.

 

“Foi emocionante ver como os alunos participaram ativamente e tiraram dúvidas sem vergonha. Até os meninos estavam muito engajados no tema da menstruação, o que mostra como abordar esses assuntos de forma lúdica e educativa pode fazer a diferença”, comenta Josiane do Nascimento Silva, pós-graduanda e coordenadora da atividade.

 

Segunda ação: Escola Estadual Hélio Del Cistia – Já no dia 27 de junho, o projeto chegou à E.E. Hélio Del Cistia, em Sorocaba, com o tema “Vacinação: escudo coletivo da saúde”. Voltada a alunos do fundamental II, a atividade abordou a importância das vacinas por meio de um quiz interativo “FAKE ou FATO”, com afirmações sobre imunização e esclarecimentos científicos sobre cada ponto.

 

A escola, que já havia trabalhado o tema previamente, surpreendeu a equipe com o entusiasmo dos alunos, que chegaram à sala com cartazes sobre vacinas confeccionados por eles mesmos. 

 

“Ver os alunos tão bem informados e engajados foi uma grande recompensa. Eles se tornaram verdadeiros ‘desmistificadores da vacina’”, afirma a profa. Elisa Kawamoto, idealizadora do projeto.

 

Impacto e continuidade – As ações do “Ciência em Voga” têm como premissa a escuta das necessidades das escolas parceiras, a adaptação das atividades ao público-alvo e o fortalecimento do vínculo entre universidade e sociedade. Além disso, o projeto promove a formação cidadã dos próprios universitários envolvidos, ao incentivá-los a atuar como multiplicadores de conhecimento.

 

A iniciativa está aberta a novas parcerias com escolas públicas ou instituições comunitárias. Interessados podem entrar em contato pelo e-mail elisamk@usp.br para agendar uma visita de prospecção.


Confira abaixo a equipe do projeto Ciência em Voga:

 

– Atividade na Escola Estadual Clorinda Danti

 

Estudantes de graduação participantes: Ana Beatriz S. Gonçalves, Arthur Cantanzaro, Beatriz Teruel, Helloiza S. de Barros, Inaie P. S. Vieira, Júlia Maria B. Roque, Julia T. Oliveira, Luana R. Soares, Sarah F. Santos e Vitória V. Fassina.

 

Equipe de coordenação: professora Elisa Kawamoto e pós-graduandos(as) Josiane do N. Silva, Bianca A. Rodrigues e Thays C. Santiago.

 

– Atividade na Escola Estadual Hélio Del Cistia 

 

Estudantes de graduação participantes: Ana Lua P. F. Tavares, Giovanna Tresso e Julia T. Oliveira.

 

Pós-graduandos(as) participantes: Geovana Rosa, Giovanna B. Melo, Isis O. Menezes, Jeferson Rubens M. Silva e Jessica Nunes.

 

Professora colaboradora: Luciana B. Lopes.

 

Equipe de coordenação: professora Elisa Kawamoto e pós-graduandas Josiane do N. Silva, Bianca A. Rodrigues e Thays C. Santiago.

 

– Projeto no geral

 

O projeto de Extensão “Ciência em Voga” direcionados às escolas, conta ainda com o apoio das professoras da USP Eliana Akamine, Luciana Lopes, Rosana Camarini, Silvana Chiavegatto e Soraia Costa.

 

Apoio Financeiro: Comissão de Cultura e Extensão do ICB-USP, Departamento de Farmacologia do ICB-USP, Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e Pró-reitoria de Pós-graduação da USP


Veja abaixo a galeria de fotos das atividades realizadas:

 

Escola Estadual Clorinda Danti

 

Escola Estadual Hélio Del Cistia

07/07/25
ICB-USP é destaque em seminários da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão sobre curricularização da extensão

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo das professoras Carla Carvalho e Raif Muza Aziz, que trata sobre a participação do ICB-USP em seminários da PRCEU, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por elas, devido à sua qualidade informativa:


Atividades Extensionistas Curricularizadas (AEX) desenvolvidas pelo ICB-USP foram reconhecidas durante seminário nas categorias “Melhores Práticas” e “Cases de Sucesso”.

 

Entre 16 e 17 de junho de 2025, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (PRCEU-USP) promoveu dois seminários dedicados à discussão da curricularização da extensão. Durante o evento, quatro Atividades Extensionistas Curricularizadas (AEX) desenvolvidas pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) foram reconhecidas com premiações e menção honrosa nas categorias “Melhores Práticas” e “Cases de Sucesso”.

 

No dia 16, ocorreu o terceiro encontro conjunto entre a USP, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com foco na ampliação da articulação entre essas instituições públicas de ensino e na definição de métricas comuns para a área. Já no dia 17, o seminário voltado à comunidade USP foi realizado no auditório Istvan Jancsó, localizado no Espaço Brasiliana, no campus Butantã.

 

Lançamento de livro institucional – Durante o evento, foi lançado o livro Cultura e Extensão na USP: Reflexões e Impactos, organizado pela Pró-Reitora Profa. Marli Quadros Leite. A obra apresenta uma síntese histórica das ações de cultura e extensão na USP. Além disso, a obra discute os marcos regulatórios que tornaram obrigatória a inserção da extensão no currículo das instituições de ensino superior, conforme as normativas CNE/CES nº 7/2018 (nacional) e CEE 216/2023 (estadual).

 

Na USP, essa exigência foi regulamentada pela Resolução nº 8711/2024, aprovada pelos Conselhos de Cultura e Extensão (CoCEx) e de Graduação (CoG). A atual gestão da PRCEU tem enfatizado o aprofundamento conceitual da cultura e da extensão universitária como instrumentos estratégicos para responder a demandas sociais e promover impactos acadêmicos e públicos.

 

Curricularização na USP: panorama e destaque do ICB – Segundo dados apresentados no seminário e no livro, dos 261 cursos de graduação da USP, apenas 17 adotaram exclusivamente o modelo de AEX, em consonância com os princípios da Resolução nº 8711/2024. O ICB respondeu de forma rápida e alinhada a esses princípios. Ao todo, o Instituto cadastrou e aprovou 29 AEX, que totalizam cerca de 900 horas e 600 vagas. Dentre as 29 AEX, 14 já foram realizadas, com seus relatórios concluídos e os créditos atribuídos automaticamente via Apolo/Júpiter. A diversidade das atividades oferece oportunidades compatíveis com os interesses e habilidades dos estudantes.

 

Reconhecimentos institucionais ao ICB – Durante o seminário de 17 de junho, quatro AEX do ICB foram reconhecidas como “Melhores Práticas”, sendo duas delas também destacadas como “Cases de Sucesso”. A PRCEU premiou as boas práticas em quatro grandes áreas do conhecimento, com classificação por colocação. Confira abaixo as AEX do ICB que foram premiadas:

 

Quadrilátero Biológicas

2º lugar – Melhor Prática. “Aprender Ensinando na Exposição ‘Outbreak! Epidemia em um mundo conectado’”, do Departamento de Imunologia. Coordenação: Profa. Dra. Maristela M. de Camargo; Vice-coordenação: Profa. Dra. Rita de Cássia Café Ferreira, com apoio do MAH Alfonso Bovero.

 

3º lugar – Melhor Prática. “Metabolismo e Obesidade: uma abordagem fisiológica para hábitos saudáveis”, do Departamento de Fisiologia e Biofísica. Coordenação: Profa. Dra. Carla R. O. Carvalho; Vice-coordenação: Profa. Dra. Raif Muza Aziz; colaboração da Dra. Renata L. A. Furlan (Depto. de Microbiologia), coordenadora do Projeto Biocientista Mirim.

 

Menção Honrosa – Melhor Prática. “Fisiologia na Escola: Por que os rins concentram ou diluem a urina?” – Coordenação: Profa. Dra. Raif Muza Aziz (Fisiologia e Biofísica).

 

Quadrilátero Saúde

2º lugar – Melhor Prática.Adote uma Bactéria, Vírus ou Fungo nas Mídias Sociais”, do Departamento de Microbiologia. Coordenação: Profa. Dra. Rita de Cássia Café Ferreira. Participações: Prof. Jansen de Araújo, Profa. Kelly Ishida, Prof. José G. Cabrera Gomez, Prof. Mário H. de Barros, Prof. Robson F. de Souza e Dra. Ana C. R. Moreno (pesquisadora colaboradora).

 

Encerramento da gestão na CCEx-ICB: balanço e recomendações – Com o encerramento da atual gestão da presidência da Comissão de Cultura e Extensão (CCEx) do ICB-USP previsto para 20 de julho, registra-se com satisfação o trabalho coletivo desenvolvido, o engajamento dos docentes e a adesão dos estudantes ao processo de curricularização da extensão.

 

A atual presidente da CCEx Profa. Carla Carvalho compartilhou algumas recomendações para continuidade e aprimoramento das ações extensionistas no ICB-USP:

 

  1. Articular com a Comissão de Graduação (CG) a oferta semestral das AEX, garantindo previsibilidade e organização para os estudantes — inspirando-se, por exemplo, no modelo da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA).
  2. Aprofundar estratégias de avaliação do impacto social, considerando os efeitos individuais e coletivos das ações.
  3. Fortalecer vínculos com Museus e órgãos da PRCEU, promovendo atividades culturais interativas.
  4. Ampliar a parceria com o Programa USP 60+, oferecendo atividades de extensão com foco prospectivo.
  5. Incentivar a inter e a transdisciplinaridade, ampliando o acesso às AEX por estudantes de outras unidades da USP.

 

02/07/25
Exposição fotográfica revela São Paulo sob o olhar de novos fotógrafos com mais de 60 anos

Mostra gratuita promovida pelo ICB-USP exibe 33 imagens em relevo sobre memória e transformação urbana, em dois espaços da Cidade Universitária.


Até 15 de agosto, a cidade de São Paulo é tema da exposição “Fotografia e Arte: A cidade de São Paulo”, composta por 33 fotografias com relevo, produzidas por alunos do Programa USP 60+. A mostra propõe uma narrativa visual sensível sobre as transformações da capital paulista — tudo sob o olhar de 33 expositores com mais de 60 anos.

 

Promovida pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e idealizada pelo docente João Marcelo Pereira Alves e a servidora Monica Chamorro, a exposição é exibida em dois espaços da Cidade Universitária: até 18 de julho na Biblioteca Brasiliana, e de 21 de julho a 15 de agosto no Restaurante Sweden.

 

A mostra marca o encerramento da 12ª edição da oficina “Novo Olhar Fotográfico da Paisagem Urbana”, oferecida pela Comissão de Cultura e Extensão (CCEx) do ICB-USP. A atividade reuniu 42 alunos ao longo do semestre, promovendo o aprendizado técnico e artístico em fotografia, além de estimular o envelhecimento ativo e o engajamento cultural.

 

Por meio de registros autorais, os participantes constroem um retrato coletivo da cidade, revelando as marcas do tempo na arquitetura, nos espaços afetivos e nas relações humanas. Cada imagem funciona como um testemunho visual de quem vive — e continua vivendo — uma cidade em constante transformação.

 

A entrada é gratuita e não é necessário agendamento.

 

Confira aqui fotos tiradas durante o lançamento da exposição.
Fotos: Marilene Guimarães

 

Serviço
Exposição: Fotografia e Arte: A cidade de São Paulo
Quanto: Gratuito, sem necessidade de agendamento prévia

 

📍1ª etapa: 16/06 a 18/07 — Sala BNDES/Subsolo da Livraria Edusp
Rua da Biblioteca, 21 – Espaço Brasiliana, Cidade Universitária, São Paulo

 

📍2ª etapa: 21/07 a 15/08 — Restaurante Sweden
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 4 – Cidade Universitária, São Paulo

 

Ana Carolina Guerra | Acadêmica Agência de Comunicação e NUCOM-ICB

24/06/25
USP sediará primeiro polo da Rede Reclone no Brasil

A Reagent Collaboration Network (Reclone) é uma rede colaborativa mundial, que tem o objetivo de desenvolver e distribuir materiais biológicos para pesquisadores.


Docentes ligados ao Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) estão encabeçando o projeto de instalação do primeiro polo da Reagent Collaboration Network (Reclone) no Brasil. A Profa. Andrea Balan, do Departamento de Microbiologia do ICB-USP, e o professor visitante no Instituto Marko Hyvönen, originário da Universidade de Cambridge (Reino Unido), estão trazendo a Reclone para a USP, com o intuito de produzir e distribuir biomateriais gratuitamente para pesquisadores, laboratórios e universidades brasileiras. 

 

Presente em mais de 50 países, a Reclone surgiu com o objetivo de possibilitar que todos os pesquisadores da área de biológicas tivessem acesso a reagentes e ferramentas a baixo custo para produzir conhecimento e inovação. “No cotidiano de um laboratório, precisamos de várias enzimas, marcadores de proteína e de DNA, porém esses materiais são caros e representam grande parte dos recursos obtidos por meio de agências de fomento”, explica Balan. A partir desse obstáculo, ela e Hyvönen uniram esforços para construir um polo da Reclone no Brasil. 

 

Em sua vinda para São Paulo, Hyvönen trouxe a coleção de enzimas da rede e o primeiro passo da iniciativa será distribuir esse material para pesquisadores interessados. “Também vamos estabelecer a produção de enzimas-chave de biologia molecular na USP, tanto para uso na Universidade quanto para outras instituições”, conta Hyvönen. Segundo Balan, a ideia é distribuir essas enzimas em laboratórios do Brasil inteiro para que os pesquisadores tenham acesso a esse material sem custo. O projeto também irá preparar e treinar pesquisadores de diferentes instituições para que possam produzir seus próprios materiais. 

 

Como próximos passos, o polo pretende criar protocolos para a produção de enzimas essenciais, ofertar cursos sobre como produzir esse material e distribuir kits para que laboratórios pelo Brasil possam desenvolver suas próprias enzimas a baixo custo. Balan explica que o intuito é levar os cursos e os kits para locais onde não haja ou tenha pouco financiamento. “O intuito dessa ação é promover mais pesquisas biológicas e biomédicas — tanto básicas quanto aplicadas”, acrescenta Hyvönen. 

 

“Queremos ouvir o que as pessoas precisam em seus trabalhos e como isso pode beneficiar tanto a pesquisa quanto o ensino na USP”, afirma Hyvönen. A partir dessas trocas com os pesquisadores, eles têm o intuito de trabalhar com a rede global da Reclone para ampliar as ofertas de materiais biológicos, criando novas construções de DNA e outras ferramentas que a comunidade necessita. 

 

O polo brasileiro também planeja contribuir regionalmente com a estrutura latino-americana da Reclone, participando de iniciativas e projetos conjuntos. Atualmente, a rede tem centros na Argentina, Chile e Peru, os quais, junto com o polo brasileiro, receberam investimentos da Iniciativa Chan Zuckerberg (CZI) para fomentar a pesquisa biomédica local. Conheça mais sobre a Rede Reclone aqui. 

 

Enfrentando a resistência antimicrobiana – A instalação do polo da Reclone na USP é parte de uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio do programa São Paulo Excellence Chair (SPEC), que Balan e Hyvönen começaram a desenvolver no Brasil neste ano. A iniciativa “Caracterização estrutural e funcional de transportadores ABC de microrganismos ESKAPE: enfrentando a resistência antimicrobiana” tem o intuito de estudar a resistência antimicrobiana a múltiplas drogas e, a partir do conhecimento adquirido, desenvolver um programa mais amplo para criação de agentes antimicrobianos. 

 

Na pesquisa, será estudado o grupo ESKAPE, que é composto por patógenos bacterianos com altos níveis de resistência antimicrobiana. O nome é um acrônimo formado pelas seis espécies de bactérias que fazem parte desse grupo: Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter spp. Esses patógenos estão frequentemente associados a surtos de infecções hospitalares, representando uma ameaça à saúde pública. 

 

O grupo ESKAPE apresenta altos níveis de resistência antimicrobiana a múltiplas drogas, devido à sua capacidade de produzir em excesso bombas de efluxo que transportam drogas e antibióticos para fora da célula, limitando a eficácia desses medicamentos contra os patógenos. As bombas de efluxo são proteínas transmembranares que reconhecem diferentes antimicrobianos e fármacos e os expulsam das células.  

 

Durante a pesquisa, os professores planejam estudar as bombas de efluxo dos patógenos ESKAPE, com o intuito de explorar as estruturas e a função dessas proteínas, além de avaliar a capacidade de modular as atividades de efluxo por meio de pequenas moléculas. Os pesquisadores esperam que os resultados do projeto sirvam de base para o desenvolvimento de inibidores direcionados a proteínas de membrana microbianas. Em agosto deste ano, durante a vinda de Hyvonen ao Brasil, os professores farão uma apresentação sobre o Projeto Reclone para a academia.

  

Parceria de longa data – Durante seu período sabático da Universidade de Cambridge, Hyvönen foi convidado por Balan para desenvolver a pesquisa sobre o grupo ESKAPE. Para participar do projeto, ele será professor visitante no ICB-USP pelos próximos quatro anos. Porém, a parceria entre os docentes é de longa data. 

 

Eles se conheceram em 2008 durante o pós-doutorado de Balan na Universidade de Cambridge e passaram a colaborar em 2010, gerando uma rede de cooperação entre suas equipes, que resultou em um intercâmbio de alunos de pós-graduação entre os dois laboratórios. Em 2017, ambos os professores ministraram na universidade inglesa um curso de Técnicas de Biofísica Aplicadas ao Estudo de Proteínas com a participação de seis alunos do grupo de Balan, além de estudantes da instituição europeia.  

 

No mesmo ano, criaram uma disciplina para a pós-graduação do ICB, a qual aborda o problema da produção de proteínas recombinantes com o objetivo capacitar os alunos a planejarem experimentos para produzir proteínas de interesse, purificá-las e analisá-las. Atualmente, a disciplina é ofertada para alunos de Pós-Graduação do ICB e da USP todos os anos com a presença de Hyvönen, sendo também uma ação de internacionalização promovida pelo Instituto. “O curso é totalmente em inglês e os alunos também fazem apresentações nesse idioma, o que lhes dá a oportunidade de praticar em um ambiente acolhedor”, explica o professor visitante. 

 

Ana Carolina Guerra | Acadêmica Agência de Comunicação e NUCOM-ICB

24/06/25
Disciplina da Pós-Graduação do ICB-USP capacita alunos para serem professores universitários críticos, reflexivos e inovadores

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo do professor Gabriel Padilla, que trata sobre a disciplina “Capacitação Pedagógica para Pós-Graduandos”, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por ele, devido à sua qualidade informativa:


A disciplina “Capacitação Pedagógica para Pós-Graduandos”, oferecida pelos Programas de Pós-Graduação do ICB e Interunidades em Biotecnologia, surge como um pilar essencial na formação de futuros professores universitários. Esta iniciativa, que conta com a colaboração da pesquisadora Dra. Renata Furlan e de professores do Departamento de Microbiologia, responde diretamente à crescente demanda por uma docência transformadora no ensino superior brasileiro contemporâneo. Ela se alinha à qualidade do ensino superior brasileiro que exige o desenvolvimento de competências e habilidades docentes alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), enfatizando a capacitação pedagógica como fundamental para formar mediadores capazes de inspirar a aprendizagem ativa e capacitar os estudantes a construir seu próprio conhecimento de forma autônoma e significativa.

 

A relevância da disciplina reside em sua profunda conexão com as bases da educação superior. A pós-graduação stricto sensu, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996), evidencia o papel crucial da formação de futuros professores universitários, integrando pesquisa e docência. Contudo, a abordagem tradicional, focada meramente na transmissão de conteúdo, já não atende às complexas demandas da educação atual, e observa-se que a maioria dos programas de pós-graduação, particularmente aqueles com ênfase na formação científica, frequentemente negligencia a preparação para a prática docente, apesar da significativa inserção de seus egressos no campo da educação superior. É justamente nessa interface formativa que a disciplina foi implementada e integrada ao Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) da USP, reafirmando o compromisso do ICB-USP com a excelência no ensino superior.

 

Concebendo a docência como uma prática intrinsecamente reflexiva e transformadora, a disciplina, que já se encontra em sua segunda edição, consolidou-se como um espaço de formação essencial. Ela visa alinhar as práticas de ensino às DCNs, incentivando a adoção de metodologias didáticas ativas e contribuindo efetivamente para a preparação pedagógica dos pós-graduandos do ICB. Até o momento, capacitou 58 pós-graduandos provenientes de diversas unidades e áreas do conhecimento da USP, desde sua implementação no segundo semestre de 2024. A formação proporciona uma imersão em experiências de aprendizagem ativa, abrangendo desde o planejamento curricular até estratégias de ensino e processos avaliativos.

 

A capacitação visa desenvolver habilidades práticas, fomentar a aplicação de metodologias ativas, integrar o uso de tecnologias educacionais e promover a inclusão. Seu propósito primordial é preparar jovens pesquisadores para atuarem como docentes inovadores, capazes de facilitar aprendizagens ativas, significativas e genuinamente centradas no estudante. Conforme destacado pela Dra. Furlan: “nosso foco principal é capacitar o estudante a construir seu próprio conhecimento de forma autônoma e significativa, preparando-o de maneira eficaz para enfrentar os complexos desafios do mundo contemporâneo”.

 

Durante a disciplina, os participantes têm a oportunidade de vivenciar e aplicar ativamente estratégias pedagógicas contemporâneas, como o design reverso para o planejamento curricular, a elaboração de instrumentos de avaliação da aprendizagem e a realização de reflexões críticas sobre a prática docente. Essas vivências enriquecem significativamente seus repertórios pedagógicos, complementando a formação em pesquisa. Os encontros presenciais e atividades propostas promovem ricas trocas de experiências entre os pós-graduandos e os docentes, preparando-os para inovar em suas futuras salas de aula e adaptar suas práticas a uma variedade de contextos educacionais.

 

A avaliação da disciplina, conduzida por meio de formulários de feedback respondidos pelos próprios participantes ao final de cada edição, tem revelado um alto grau de satisfação. Os pós-graduandos frequentemente destacam o caráter eminentemente prático da formação oferecida, a clareza na apresentação dos objetivos de aprendizagem e a inegável relevância dos temas abordados para suas futuras carreiras docentes. Muitos relatam sentir-se consideravelmente mais preparados e confiantes para assumir responsabilidades de docência após a conclusão da disciplina. Adicionalmente, um número expressivo de participantes reconhece a experiência como um divisor de águas, um ponto de virada enriquecedor e transformador em suas trajetórias acadêmicas e profissionais.

 

Diante da robustez e positividade dos resultados alcançados, reitera-se a fundamental importância de manter, fortalecer e, sempre que possível, expandir iniciativas de capacitação pedagógica no âmbito da pós-graduação. A contínua valorização e o investimento na formação pedagógica de qualidade não apenas qualificam intrinsecamente o ensino superior brasileiro, mas também reforçam o compromisso institucional do ICB-USP com a formação integral de futuros professores universitários, críticos, reflexivos e inovadores. O notável engajamento e a dedicação da pesquisadora e dos docentes do Instituto envolvidos nessa iniciativa demonstram de forma inequívoca que investir nessa modalidade de formação é, acima de tudo, um investimento estratégico e essencial no futuro da educação científica de excelência no Brasil.

 

Fiquem atentos à próxima edição da disciplina, que ocorrerá a partir de agosto de 2025.


Texto elaborado pelos responsáveis da disciplina “Capacitação Pedagógica para Pós-Graduandos“: Professores Gabriel Padilla, José Gregório Gomez, Rita Café Ferreira e a pesquisadora colaboradora Renata Furlan, todos do departamento de Microbiologia do ICB-USP.


12/06/25
ICB-USP promove evento sobre crise ambiental em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo dos professores Rita de Cássia Café Ferreira, José Gregório Cabrera Gomez e Raif Musa Aziz, que trata sobre evento em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por eles, devido à sua qualidade informativa:


Especialistas discutem os impactos ambientais, as mudanças climáticas e o papel da ciência na construção de soluções sustentáveis.

 

No último dia 03 de junho, a Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), presidida pela Profa. Carla Carvalho, organizou um evento em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, com o título “Crise ambiental em debate: o que a natureza está nos dizendo e como podemos agir”.

 

A programação teve início com uma exposição de fotografias produzidas pelo grupo 60+ da USP, coordenado pela funcionária do setor da CCEx-ICB Mônica Chamorro, que retratam temas relacionados à Semana do Meio Ambiente 2025. As imagens estimularam a reflexão sobre a relação entre sociedade e natureza, marcando de forma sensível o início das atividades.

 

Em seguida, foram realizados três palestras e um debate com participação ativa do público – tanto presencialmente quanto por meio de transmissão online.

 

A primeira palestra foi ministrada pelo Prof. José Gregório Goméz, chefe do Laboratório de Bioprodutos e especialista em metabolismo bacteriano e engenharia metabólica, o docente apresentou um panorama sobre os plásticos, discutindo seus benefícios, os impactos ambientais do seu uso e descarte, além das possíveis soluções por meio de bioplásticos – materiais biodegradáveis e/ou biorrenováveis que podem mitigar a dependência de produtos petroquímicos. Também abordou o papel das biorrefinarias e de ferramentas computacionais para o avanço dos bioprocessos sustentáveis.

 

Na segunda palestra, o Prof. Marcos Silveira Buckeridge, docente e ex-diretor do Instituto de Biociências da USP, tratou das mudanças climáticas, destacando a diferença entre clima e tempo, e enfatizando os impactos das transformações climáticas nas áreas urbanas. O professor ressaltou a necessidade de decisões públicas embasadas no conhecimento científico e alertou para a urgências de se integrar a produção acadêmica das universidades às políticas públicas, especialmente em um contexto de crescente urbanização.

 

Encerrando as palestras, a Profa. Cristina Nakayama, do Instituto de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), abordou a microbiologia ambiental, com ênfase na produção de metano – um dos gases de efeito estufa mais potentes. Nakayama explicou o papel das arqueias metanogênicas e das bactérias metanotróficas no ciclo do metano, destacando como o conhecimento da biodiversidade microbiana é fundamental para o enfrentamento das mudanças climáticas.

 

O evento foi encerrado com uma Roda de Conversa conduzida pelas professoras Raif Musa Aziz e Rita Café Ferreira, ambas da CCEx-ICB, com mediação do professor Goméz. O debate proporcionou um espaço de diálogo com o público, que participou ativamente com perguntas e reflexões. Os temas abordados incluíram a sustentabilidade das cidades, a importância de políticas baseadas em evidências científicas e os desafios tecnológicos e econômicos da produção de bioplásticos.

 

A atividade reforçou a urgência da ação coletiva e informada diante da crise ambiental, com este convite à reflexão: Vamos restaurar e cuidar do nosso planeta – nossa casa comum.

 

Assista a gravação do evento aqui.


Texto elaborado pelos professores da Comissão de Cultura e Extensão do ICB:

Rita de Cássia Café Ferreira e José Gregório Cabrera Gomez, do Departamento de Microbiologia; e Raif Musa Aziz, do Departamento de Fisiologia e Biofísica. Com a colaboração da aluna de graduação do Curso de Ciências Biomédicas do ICB-USP Larissa Camargo.

 

Fotos:  Monica Raquel Chamorro – Chefe do Serviço de Cultura e Extensão.

 

Audiovisual – Filmagem:  Márcio Villar Martins


 

 

 

 

 

 

 

 

 

09/06/25
Estudo revela ligação genética entre TDAH e dor crônica e aponta caminhos para repensar diagnóstico e tratamento

Pesquisa liderada por professor do ICB-USP sugere que a dor crônica pode ter origem neuropsiquiátrica, abrindo caminho para tratamentos integrados com foco no neurodesenvolvimento.


Um estudo liderado pelo professor Diego Rovaris, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), revelou uma ampla sobreposição genética entre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a dor crônica de múltiplos sítios. Os resultados, publicados no periódico Biological Psychiatry Global Open Science, sugerem que as duas condições compartilham mecanismos biológicos relacionados ao neurodesenvolvimento, o que pode redefinir a forma como ambas são compreendidas e tratadas na prática clínica.

 

O trabalho tem como primeiro autor o pesquisador Nicolas P. Ciochetti, doutorando do laboratório PhysioGen Lab (ICB-USP), e foi realizado em colaboração com instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no contexto da Rede TDAH Brasil — a maior iniciativa de pesquisa sobre TDAH em adultos da América Latina.

 

Conexão genética – A partir de dados genéticos de larga escala, com amostras que somam até 766 mil indivíduos, os pesquisadores identificaram que a correlação genética entre TDAH e dor crônica é três vezes maior do que entre TDAH e enxaqueca (valores de correlação genética de 0,6 e 0,2, respectivamente). O estudo localizou 12 regiões do genoma compartilhadas entre TDAH e dor crônica, contra apenas uma região comum com a enxaqueca.

 

Além disso, mais de 80% das variantes genéticas compartilhadas entre TDAH e dor crônica apresentaram efeitos na mesma direção, ou seja, predisposições genéticas para TDAH também estavam associadas a maior risco de dor.

 

“Esses dados mostram que não se pode mais tratar a dor crônica apenas como uma condição somática. Há um componente ligado ao desenvolvimento do sistema nervoso, que se conecta diretamente com a biologia do TDAH”, explica Rovaris. “Isso muda a forma como devemos abordar o diagnóstico e o tratamento de ambos.”

 

Metodologias e validação – O estudo aplicou diferentes abordagens pós-GWAS (estudos de associação por varredura genômica), como LAVA, MiXer, conjFDR e análise de Randomização Mendeliana, para investigar as relações causais e o compartilhamento de variantes genéticas e de vias biológicas. Também foi utilizada uma amostra independente de 1.660 indivíduos brasileiros, o que permitiu validar os achados genéticos e associá-los a características clínicas, como gravidade dos sintomas de TDAH e presença de comorbidades como transtorno bipolar e dependência de substâncias.

 

Essa amostra apontou que os escores genéticos de risco para dor crônica estavam associados à gravidade dos sintomas de TDAH, especialmente impulsividade e hiperatividade, e a alterações estruturais no cérebro — como áreas corticais e subcorticais — compatíveis com o que se observa em pessoas com TDAH.

 

Implicações clínicas e terapêuticas – Dois relatos de caso mencionados pelos pesquisadores ilustram o potencial impacto das descobertas: pacientes com dor crônica de longa data tiveram redução dos sintomas de dor após iniciarem tratamento para TDAH. Embora sejam apenas relatos iniciais, eles reforçam a hipótese de que medicamentos usados no tratamento do TDAH podem atuar também sobre os mecanismos que causam dor.

 

“Esse estudo abre possibilidades para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas integradas, que considerem simultaneamente a dor e os sintomas do TDAH”, afirma Nicolas Ciochetti. “Ao investigar essas vias biológicas compartilhadas, podemos chegar a estratégias de tratamento mais eficazes para uma população que sofre com múltiplas condições associadas.”

 

Um novo olhar sobre o TDAH – O TDAH é uma condição altamente comórbida, associando-se frequentemente a depressão, transtorno bipolar, ansiedade, transtornos de aprendizagem e uso de substâncias. Nos últimos anos, estudos também vêm indicando sua associação com doenças do sistema imune, obesidade, diabetes tipo 2 e outras condições somáticas. O novo estudo reforça essa visão integrada, ao demonstrar que a dor crônica compartilha bases genéticas com o TDAH tão fortes quanto a depressão, o que pode justificar a alta frequência dessa queixa em pacientes com o transtorno.

 

“Estamos propondo uma mudança de paradigma. A dor crônica pode e deve ser considerada também como uma condição de saúde mental em muitos casos”, conclui Rovaris.

 

Artigo original: Genetic Interplay Between ADHD and Pain Suggests Neurodevelopmental Pathways and Comorbidity Risk, foi publicado na Biological Psychiatry Global Open Science, em 2025

 

Angela Trabbold | Acadêmica Agência de Comunicação

02/06/25
ICB-USP recebe visita de ex-aluno, pós-graduado em 1982, atualmente com 87 anos

Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do ICB-USP recebe a visita do Dr. Juan Ignácio Espinoza Espinoza, que concluiu a sua pós-graduação ali há mais de 40 anos


Aproveitando que estava no Brasil para a colação de grau de suas netas, o Dr. Juan Ignácio Espinoza Espinoza, acompanhado de sua esposa e de sua nora, fez uma visita ao Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento, antigo Departamento de Histologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em fevereiro de 2025. Em 1982, Espinoza concluiu seu mestrado no Departamento. Ele teve como orientador o Prof. Luiz Otávio Medeiros.

 

A visita foi articulada e agendada pela nora de Espinoza, Dra. Tânia, que fez todas as tratativas prévias com o Departamento. Eles foram recebidos por vários funcionários, em especial, pelo Sr. Gaspar, que já trabalhava ali na época em que Espinoza estudava no ICB-USP, e que o reconheceu.

 

A Sra. Renata, funcionária da biblioteca do ICB-USP, localizou a tese de Espinoza no acervo e fez questão de apresentar a ele, o que pode ser verificado em algumas das fotos que ilustram esta nota.  A Sra. Ana Lúcia, também funcionária do Departamento, relata que essa visita foi um momento raro e emocionante, quando um ex-aluno tão antigo volta para relembrar e prestar uma homenagem ao lugar que foi cenário de parte inicial e muito importante de sua carreira acadêmica posterior.  Em texto encaminhado a ela pelo filho de Espinoza, foi possível saber alguns fatos importantes de sua trajetória como professor universitário.

 

De janeiro de 1983 a setembro de 1990, Espinoza foi professor da Universidad Nacional San Luis Gonzaga de Ica, no Peru. No final de 1990, foi convidado a trabalhar como professor de histologia da Faculdade de Veterinária da Universidad Francisco de Miranda, na Venezuela. Lá, ele também foi coordenador de Histologia; chefe da unidade de Microscopia Eletrônica; orientador de teses de vários profissionais; bem como compôs diversas bancas de concursos para contratação de docentes para o Departamento de Sanidade Animal.

 

Espinoza encerra o texto enviado manifestando o seu eterno agradecimento aos professores do então Departamento de Histologia do ICB-USP, que lhe proporcionaram a oportunidade de realizar seus estudos de Pós-Graduação. Os aprendizados adquiridos no Instituto propiciaram que ele próprio pudesse transmitir todos esses conhecimentos a outros alunos em sua carreira de docente.

 

Altamir Souza | NUCOM-ICB

 

 

Espinoza, sua esposa e sua nora, Dra. Tânia, nas dependências do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do ICB-USP.

 

O casal Espinoza é recebido por funcionários do BMC-ICB.

 

A Sra. Renata, da biblioteca do ICB, apresenta à Espinoza a sua tese, que faz parte do acervo.

 

Espinoza relembra com carinho da sua tese.

 

Capa da dissertação de mestrado de Espinoza.

27/05/25
A unidade EMBRAPII CEINFAR-USP celebra três anos de inovação em fármacos e medicamentos

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo do professor Lucio Freitas Junior, que trata sobre a unidade EMBRAPII CEINFAR-USP, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por ele, devido à sua qualidade informativa:


O Centro de Inovação em Fármacos da Universidade de São Paulo (CEINFAR-USP) comemora, neste mês de maio, três anos de atividades dedicadas à transformação da pesquisa e inovação no campo biomédico e farmacêutico. Desde o seu credenciamento como Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), o CEINFAR tem sido um marco para a integração entre universidade, indústria e sociedade.

 

O CEINFAR-USP congrega pesquisadores de suas unidades formadoras, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. A Unidade, uma das nove já estabelecidas na USP, tem como proposta colocar à disposição da indústria as competências de seus pesquisadores e a estrutura de seus laboratórios para a realização de projetos de inovação em descoberta e desenvolvimento de fármacos e medicamentos.

 

Um dos destaques de atuação do CEINFAR é o projeto de descoberta de novos antimicrobianos, desenvolvido em parceria com a Eurofarma Laboratórios e a startup Phytobios, do Grupo Centroflora, e coordenado pelo Prof. Lucio Freitas Junior, do Departamento de Microbiologia do ICB-USP. Essa parceria celebra uma colaboração de muitos anos entre o Instituto e a Eurofarma, que se iniciou com a participação da empresa no programa Parceiros do ICB. Neste projeto pioneiro, a Eurofarma financiou a reforma do laboratório “Plataforma de Triagem Fenotípica”, uma das bases de inovação do CEINFAR.

 

Agora o CEINFAR busca ampliar sua área de atuação, trazendo novos projetos que poderão contribuir substancialmente para o desenvolvimento de novas soluções para o tratamento de importante demandas de saúde pública. Uma das estratégias de atuação é a integração do CEINFAR com outras iniciativas da USP como, por exemplo, o recém implantado curso de Mestrado Profissional, nas áreas de Inovação em Métodos de Diagnóstico e Desenvolvimento de Novos Fármacos e Medicamentos, oferecido conjuntamente pelo ICB e pela FCF em parceria com as empresas Eurofarma e Dasa. A parceria entre o CEINFAR e o Mestrado Profissional estreita os laços entre empresas nacionais e pesquisadores da USP, além de aportar recursos financeiros que viabilizem projetos de pesquisa e inovação na busca de novos fármacos.

 

Como parte da celebração de seus três anos de atividades, o CEINFAR participará da “SciBiz Conference 2025”, que ocorrerá na USP de 16 a 18 de junho de 2025.

 

Para saber mais sobre o CEINFAR, entre em contato com o prof. Lucio Freitas Junior (luciofreitas@usp.br)

22/05/25
Pesquisa inédita revela papel crucial do nervo simpático na resposta imunológica da sepse

Maior causa de mortes hospitalares, a sepse é uma inflamação ineficaz que desafia os tratamentos tradicionais. Estudo abre caminho para terapias personalizadas e mais eficazes.


Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), liderados pelo professor Alexandre Steiner, fizeram uma descoberta promissora que pode transformar o tratamento da sepse. O estudo revelou que o nervo simpático, especialmente sua ramificação conhecida como nervo esplâncnico maior, desempenha um papel fundamental na resposta imunológica. Essa ramificação regula seletivamente subgrupos de neutrófilos – células essenciais para a defesa do organismo, encarregadas de combater e eliminar patógenos durante infecções graves.

 

A descoberta é parte de um projeto temático iniciado em 2018 e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O estudo foi publicado na revista científica Brain, Behavior, and Immunity, de alto impacto na área interdisciplinar de neurociência, psicologia e imunologia.

 

Nova fronteira – Experimentos com modelos animais demonstraram que o nervo esplâncnico maior regula de forma seletiva os neutrófilos. Essas células, a “primeira linha de defesa” do sistema imunológico, são responsáveis por atacar e destruir patógenos como bactérias e fungos.

 

Os testes mostraram que a interrupção da comunicação desse nervo aumentou significativamente a eficácia de um subgrupo de neutrófilos ativados, especialmente no peritônio e no baço. Além disso, a remoção do nervo reduziu a presença de neutrófilos quiescentes, que possuem características imunossupressoras, sem interferir em outras funções do sistema imunológico, como as desempenhadas pelos macrófagos. Estes, conhecidos como “zeladores ” do organismo, ajudam a controlar a inflamação ao remover detritos celulares, entre outras funções.

 

Utilizando tecnologias avançadas, como o sequenciamento de RNA de célula única, os pesquisadores identificaram as mudanças específicas nas subpopulações de neutrófilos associadas à modulação pelo nervo esplâncnico. Esses achados ressaltam o potencial desse nervo como alvo para futuras terapias personalizadas no tratamento da sepse.

 

“Essa descoberta desafia o conceito tradicional de regulação generalizada pelo sistema nervoso. Mostramos que o nervo esplâncnico maior atua como um ‘potenciômetro’, ajustando de forma precisa a resposta imune no local da infecção. Isso pode abrir caminho para terapias personalizadas que maximizem a eficácia da resposta imune e minimizem danos colaterais,” explica o professor Steiner, coordenador do Laboratório de Neuroimunologia da Sepse do Departamento de Imunologia do ICB-USP.

 

Impactos futuros – Uma das implicações mais promissoras desse estudo é o uso da bioeletrônica para modular de forma localizada o nervo simpático e influenciar a resposta inflamatória. Contudo, desafios importantes permanecem, como a necessidade de desenvolver ferramentas rápidas para identificar os fenótipos específicos dos pacientes, algo essencial para personalizar os tratamentos.

 

“Hoje, exames como análises ômicas e expressão gênica levam semanas para serem concluídos, o que é incompatível com a dinâmica da sepse, que pode mudar drasticamente em poucas horas. Precisamos de métodos que forneçam resultados em tempo real, utilizando biomarcadores rápidos e sistemas automatizados de análise,” reforça Steiner.

 

Complexidade da sepse – A sepse ocorre quando a resposta imune se torna excessiva ou persistente mediante sua ineficácia em eliminar um patógeno, levando a danos colaterais que podem comprometer órgãos vitais e causar falência múltipla. É uma condição complexa, com sintomas variados como febre alta, hipotermia, confusão mental e queda de pressão arterial. Embora considerada uma síndrome única, a sepse apresenta diferentes padrões de resposta (fenótipos), que reagem de forma distinta às terapias, tornando seu tratamento um desafio clínico significativo.

 

Desde o início do projeto, a equipe liderada pelo professor Steiner tem avançado na compreensão da sepse. Entre os destaques, está a descoberta de um eixo de comunicação entre o baço e o fígado, mediado pelo leucotrieno B4 (LTB4). Essa molécula age como um mensageiro químico, ajudando o baço a enviar sinais ao fígado para regular a intensidade da inflamação, um mecanismo essencial para coordenar a resposta inflamatória sistêmica. Esses avanços culminaram na identificação do papel seletivo do nervo esplâncnico maior na modulação de respostas imunológicas específicas.

 

“Entender como órgãos diferentes interagem para controlar a inflamação sistêmica amplia nosso conhecimento sobre a sepse e pode abrir novas perspectivas para o tratamento de outras condições inflamatórias graves,” conclui Steiner.

 

Angela Trabbold | Acadêmica Agência de Comunicação

21/05/25
Avanço no combate à atrofia muscular espinhal combina ciência básica e edição epigenética

Em palestra no ICB-USP, Alberto Kornblihtt mostrou como conhecimento sobre splicing alternativo do mRNA levou a novas estratégias terapêuticas com resultados promissores em camundongos modelo da doença.


O splicing alternativo do mRNA— processo pelo qual um mesmo gene pode gerar diferentes variantes de RNA mensageiro e, com isso, múltiplas proteínas — está no centro de uma nova abordagem terapêutica para doenças genéticas. Foi o que demonstrou o biólogo molecular Alberto Kornblihtt, do Instituto de Fisiologia, Biologia Molecular e Neurociências da Universidade de Buenos Aires e do CONICET (IFIBYNE-UBA-CONICET), em seminário realizado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), na última segunda-feira (12/05).

 

Estudioso desse mecanismo desde os anos 1980, Kornblihtt explicou como a velocidade de transcrição do RNA interfere diretamente na forma como os éxons — segmentos codificantes dos genes — são incluídos ou excluídos na molécula final de RNA. “Em pelo menos parte dos genes humanos, transcrições mais lentas podem favorecer a ligação de fatores que promovem a inclusão de determinados éxons, enquanto transcrições rápidas podem impedir essa associação”, explicou.

 

Esse princípio tem implicações diretas no tratamento da atrofia muscular espinhal (SMA), uma doença genética rara que compromete os neurônios motores. Kornblihtt explicou o mecanismo de ação do fármaco Spinraza (nusinersena), aprovado em diversos países, incluindo o Brasil desde 2017. Embora a SMA seja causada por mutações no gene SMN1, o medicamento atua sobre o gene homólogo SMN2, corrigindo seu splicing e favorecendo a inclusão do éxon 7. Isso possibilita a produção de uma proteína funcional com atividade semelhante àquela codificada pelo gene defeituoso. O uso do Spinraza tem contribuído significativamente para a melhora da qualidade de vida dos pacientes com SMA.

 

Mas os experimentos de seu grupo revelaram algo inesperado: o medicamento não atua apenas no RNA, como se pensava, mas também interfere no empacotamento da cromatina, que corresponde à forma como o DNA está organizado dentro das células. Essa mudança na “embalagem” do DNA pode dificultar a leitura de certos genes, o que, em alguns casos, pode reduzir a eficácia do tratamento. “Percebemos que o oligonucleotídeo pode gerar um efeito contrário ao desejado, ao tornar o DNA menos acessível para ser transcrito. E isso ocorre por meio da indução de marcas epigenéticas associadas ao silenciamento, como a metilação de histonas — proteínas que, quando modificadas, tornam a cromatina mais compacta e dificultam a transcrição.

 

Foi a partir dessa constatação que sua equipe passou a testar combinações terapêuticas, unindo o antissenso a inibidores de histona-desacetilase, como o ácido valproico (VPA). Esses compostos promovem a abertura da cromatina e aceleram a elongação da transcrição, contrabalançando o efeito silenciador inesperado provocado pelo antissenso. Em experimentos com camundongos modelo da doença, a combinação levou a melhora expressiva da sobrevida, ganho de peso e desempenho motor dos animais em comparação ao tratamento com Spinraza isolado.

 

“Não estamos propondo um protocolo terapêutico pronto para humanos, mas uma prova de conceito. O efeito combinado foi claro nos testes com camundongos”, disse. Os resultados também mostraram que o ácido valproico, por si só, não tem efeito relevante — mas amplifica os efeitos do antissenso quando administrado em conjunto.

 

Além disso, Kornblihtt apresentou experimentos inéditos de edição epigenética direcionada, usando o sistema CRISPR-dCas9 acoplado a um ativador de transcrição (VP64), para promover acetilação de histonas de forma localizada no gene SMN2. Dependendo da região do gene onde a modificação é induzida — próximo ao éxon 7 ou em seu promotor, por exemplo — os efeitos sobre o splicing se intensificam. Em outro experimento, sua equipe demonstrou que essas alterações epigenéticas localizadas podem inclusive alterar a estrutura tridimensional do DNA, promovendo o chamado looping gênico, com aproximação física entre regiões distantes, como o promotor e o final do gene.

 

Ao final da palestra, Kornblihtt ressaltou que a lógica que move sua pesquisa é a da ciência básica: “Estávamos estudando como o splicing funciona, e não buscando uma cura. Mas esse caminho nos levou a contribuir com uma das primeiras terapias efetivas para uma doença neurodegenerativa”. Ele também alertou para a lógica de mercado que impede a realização de ensaios clínicos com combinações terapêuticas acessíveis, como a do Spinraza com VPA, por falta de interesse da indústria farmacêutica. “Esse é um ensaio que só será feito se for financiado por recursos públicos”, afirmou.

 

Membro das academias de ciências da Argentina, França, Estados Unidos e, agora, da Academia Brasileira de Ciências, Kornblihtt encerrou a palestra reiterando seu compromisso com a ciência de base, a universidade pública e o acesso democrático ao conhecimento e à saúde.

 

Angela Trabbold | Acadêmica Agência de Comunicação

14/05/25
Instituto Federal de Sorocaba visita o ICB-USP para vivência científica em Parasitologia e Microbiologia

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo dos professores Rita de C. Café Ferreira e Mauro Javier Cortez Veliz (responsáveis da CCEx nos Departamento de Microbiologia e Parasitologia, respectivamente), que trata sobre visita dos alunos do Instituto Federal de Sorocaba ao ICB-USP, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por eles, devido à sua qualidade informativa:


Alunos do Ensino Médio participaram de atividades práticas, conheceram laboratórios do ICB-USP e reforçam o sonho de entrar na universidade pública.

 

No final de abril, os Departamentos de Microbiologia e Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP uniram esforços para receber a visita do professor Alexandre La Luna e seus 40 alunos do 3º ano do Ensino Médio do Instituto Federal de São Paulo – Campus Sorocaba. A ação, fruto de uma parceria de extensão entre os dois departamentos, teve como objetivo apresentar aos estudantes a pesquisa científica feita na universidade pública e estimular vocações para ciência e biotecnologia.

 

 

 

Vivência ciência na prática

 

A programação começou com uma recepção nos laboratórios de Parasitologia, onde os estudantes foram acolhidos pelos professores Mauro Cortez, Andrea Fogaça, Gerhard Wunderlich, Rodrigo Corder, Giuseppe Palmisano e suas equipes. Ali, os visitantes puderam conhecer diferentes parasitas e os métodos laboratoriais utilizados para estudá-los, promovendo uma primeira aproximação com o trabalho científico.

 

Na sequência, o grupo visitou o setor de Virologia, coordenado pelo professor Jansen de Araujo, que apresentou o laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3), usado no estudo de microrganismos que requerem rigorosos cuidados de segurança.

 

 

 

 

“Foi incrível ver como a ciência acontece de verdade. Saí daqui querendo estudar na USP.

Aluna visitante, 3º ano do IFSP – Sorocaba

 

 

Biotecnologia em destaque

 

Os estudantes seguiram para os laboratórios de Bioprodutos, conduzidos pelos professores Luiziana Ferreira e José Gregório, onde conheceram pesquisas com bactérias capazes de degradar plásticos biodegradáveis – um exemplo prático e atual de biotecnologia aplicada à sustentabilidade. O interesse dos alunos foi notável, com perguntas e comentários que enriqueceram a visita.

 

Na Micologia, com a professora Kelly Ishida e monitoras, os alunos participaram de atividades práticas. Observaram fungos nos microscópios e aprenderam sobre seu papel fundamental na saúde humana e ambiental.

 

 

Com foco nas vacinas

 

Para encerrar a visita, os alunos conheceram o Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas, coordenado pelos professores Rita Café Ferreira e Luís Ferreira. Eles puderam entender melhor os antígenos bacterianos utilizados para elaboração de vacinas, da pesquisa básica à aplicação, e a importância dessas ações para saúde pública.

 

 

Experiência transformadora

 

A atividade foi marcada pelo entusiasmo dos estudantes e pelo engajamento dos docentes, monitores graduandos e pós-graduandos envolvidos. Muitos alunos relataram que a visita os motivou a sonhar com uma vaga na USP e considerar a carreira científica como uma opção real para o futuro.

 

Ao unir esforços, os Departamentos de Microbiologia e Parasitologia mostraram a força da colaboração na divulgação científica e no incentivo à formação e jovens talentos. A visita reforça o papel da universidade pública como espaço aberto à sociedade e comprometido com a educação, a ciência e transformação social.

 

Participantes:

  • Professores do Departamento MicrobiologiaRita de Cássia Café Ferreira (responsável da CCEx-ICB pelo evento), José Gregorio Cabrera Gomes, Kelly Ishida, Jansen de Araujo e Luiziana Ferreira;
  • Professores do Departamento Parasitologia – Mauro Javier Cortez Veliz (responsável da CCEx-ICB pelo evento), Andrea Fogaça, Gerhard Wunderlich, Rodrigo Malavazi Corder e Giuseppe Palmisano;
  • Professor do IF Sorocaba – Alexandre La Luna;
  • Alunos de pós-graduação, pós-doutoras e funcionários dos Departamentos de Microbiologia e Parasitologia do ICB-USP – Andrea Bacega, Beatriz I. Alonso, Fabio M Cavalcante, Fernanda P. Vizu ; Giovana Tarantini; Gustavo de O. Fenner; Lara Nardi Baroni; Leticia Serafim, Marcelly B. Nassar, Nicoli G. Picinin, Vitória M. Santos, Solange C. Antão e Irma Vanessa H. Mosquera, Hellen Paula Valerio, Priscila Robertina dos Santos Donado, Dr. Samuel Pereira e a Dra. de apoio técnico Tatiana A. dos Reis;
  • Alunos de graduação ICB-USP – Bruna Rodrigues Corrêa, Camily Vitória S. C. da Silva, Carolina D. Nastaro e Julio Cesar L. A. Cassoli.

 

 

 

 

 

13/05/25
Jogos criados por alunos do ICB-USP ensinam sobre ISTs para estudantes do Ensino Médio do IFSP Sorocaba

Após o NUCOM-ICB ter recebido o texto abaixo da Comunicação do CEPID-B3, que trata sobre atividades realizadas pelo projeto #Adote, divulgamos abaixo a íntegra dessa matéria produzida por eles, devido à sua qualidade informativa:


Ação de extensão do projeto “#Adote” leva conhecimento sobre sífilis e gonorreia por meio de jogos criados por alunos de graduação do ICB-USP para além do ambiente virtual. A atividade integrou Ciência, criatividade e promoção da saúde pública.

 

No último dia 24 de abril, o projeto “#Adote: Adote uma Bactéria, Vírus e Fungos nas Mídias Sociais”, liderado pela professora Rita de Cássia Café Ferreira, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Pesquisa em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos (CEPID B3), utilizou jogos didáticos desenvolvidos por alunos de graduação da USP para levar informações científicas sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) a estudantes do Ensino Médio. O evento teve como objetivo utilizar metodologias ativas de ensino para promover o aprendizado sobre o tema para estudantes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) Sorocaba e faz parte da gama de atividades presenciais desenvolvidas pelo projeto.

 

Durante a ação, os participantes vivenciaram dois jogos educativos imersivos. O primeiro, intitulado Escape Room da Neisseria, ofereceu uma abordagem lúdica e colaborativa para explorar a bactéria Neisseria gonorrhoeae, causadora da gonorreia. Os estudantes se envolveram ativamente na resolução de enigmas que abordaram a transmissão, os sintomas, a prevenção e o tratamento da infecção, em uma dinâmica inspirada nos populares jogos de fuga. A segunda atividade, o jogo TrepoWAR, é uma adaptação do clássico game de estratégia chamado WAR e foi usada para ensinar sobre a sífilis – doença provocada pela bactéria Treponema pallidum. De maneira criativa, os participantes simularam batalhas entre a bactéria e o sistema imunológico, aprendendo de forma interativa sobre os mecanismos de infecção, resposta imune e os aspectos epidemiológicos da doença.

 

À esquerda, os criadores do jogo TrepoWAR, acompanhados pelos mediadores e pela professora coordenadora do Projeto #Adote, Rita de Cássia Café Ferreira; à direita, alguns dos autores do jogo Escape Room.

 

Rita Café Ferreira ressalta que ações como essa fortalecem a formação dos alunos de graduação, ao mesmo tempo que cumpre o papel social da universidade: “É fundamental aproximar o conhecimento científico da população, especialmente em temas de saúde pública”, afirma. “Quando o estudante universitário assume o papel de educador, ele aprende mais e contribui para a transformação da realidade ao seu redor”, argumenta a pesquisadora. A aplicação dos jogos foi acompanhada por um questionário de avaliação elaborado pelos alunos da USP, que demonstrou alto grau de engajamento e aprendizagem por parte do público participante. Ao final da atividade, os estudantes do Ensino Médio do IFSP avaliaram positivamente a experiência, destacando o caráter inovador e acessível da abordagem adotada.

 

A iniciativa faz parte da vertente presencial do projeto “#Adote”, tradicionalmente conhecido por sua atuação nas redes sociais, no qual os participantes “adotam” microrganismos e os representam por meio de perfis informativos e criativos. Ao ampliar sua atuação para além do ambiente virtual, o projeto busca fortalecer a interação entre universidade e comunidade, contribuindo para a promoção da saúde e da educação científica em diferentes níveis de ensino. O projeto segue ampliando seus formatos de atuação, integrando ciência, criatividade e comunicação para formar uma nova geração de cientistas capazes de dialogar com diferentes públicos – dentro e fora das redes sociais.

 

Alunos do IFSP jogando, respectivamente, Escape Room e TrepoWAR.

 

  • Jogo TrepoWar

Autores: Ana Luiza Nunes Goussain Filippo, Beatriz Rodrigues Seiler, Deborah Silva Rocha, Helena Cristina de Albuquerque Corrêa, Júlia Toneli Oliveira, Ketlin Scomparin da Silva, Maria Eduarda Portella Viana, Rafael Moura de Paula e Thamires Lopes Ferreira.

Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa, Carolina Diorio Nastaro, Gabriel Rezende Coelho e Matheus Gallardo Souza Inoue.

Coordenação: Rita de Cássia Café Ferreira e Msa. Bárbara Rodrigues Cintra Armellini.

 

  • Jogo Escape Room

Autores: Amanda Mendes Leite, Beatriz do Nascimento Barbosa, Bianca Ferreira Arruda, Débora Schivartche Wilder, Estela Correia dos Santos, Fernanda Marques de Sousa, Gabriel Mendes Duarte, Hellen Moraes Nascimento, Luiza Mutschele Sena e Murilo Camargo de Oliveira.

Mediadores: Bruna Rodrigues Corrêa, Rafael Moura de Paula e Matheus Gallardo Souza Inoue.

Coordenação: Rita de Cássia Café Ferreira

 

Texto: Bruna Rodrigues e Bianca Bosso | Comunicação CEPID B3

Apoio CEPID B3 e CCEx- ICB

13/05/25
ICB-USP elege nova Diretoria para a gestão 2025-2029

Carlos Pelleschi Taborda, atual vice-diretor, assume a Direção ao lado da professora Marinilce Fagundes dos Santos, atual vice-chefe do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento, eleita vice-diretora.


O Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) elegeu, nesta terça-feira (6), os professores Carlos Pelleschi Taborda e Marinilce Fagundes dos Santos como diretor e vice-diretora do Instituto para o mandato 2025-2029. A chapa recebeu 58 votos, contra 53 da chapa concorrente, formada pelos professores Claudio Romero Farias Marinho e Vagner Roberto Antunes. Houve um voto nulo, totalizando 112 votantes. A posse será em julho deste ano. A eleição foi conduzida pela Comissão Eleitoral, composta por Prof. Jackson Cioni Bittencourt, Profa. Maria Tereza Nunes e Altamir Rodrigues de Souza, em parceria com a Assistência Acadêmica, que é chefiada por Marília Oliveira.

 

 

Prof. Carlos Taborda

            Prof. Taborda

Atual vice-diretor do ICB-USP, Taborda é professor titular do Departamento de Microbiologia. Biomédico, possui mestrado e doutorado em Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo e pós-doutorado em Imunologia das Infecções Fúngicas pela Yeshiva University – Albert Einstein College of Medicine (EUA). Tem ampla atuação acadêmica e administrativa, com destaque para sua experiência em micoses sistêmicas e emergentes. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Microbiologia (2016–2019) e é atualmente coordenador adjunto da área de Ciências Biológicas III na CAPES. Também desenvolve projetos junto a Universidade de Exeter, na Inglaterra.

 

 

 

 

 

 

        Profa. Marinilce

A professora Marinilce Fagundes dos Santos é docente titular do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do ICB-USP. Graduada em Odontologia pela UNESP, possui mestrado e doutorado pela USP e realizou estágios de pós-doutorado na University of Tennessee e no National Institutes of Health (EUA). Ao longo da carreira, coordenou diversas comissões acadêmicas e foi cofundadora do CEFAP/USP, além de manter intensa atividade de pesquisa nas áreas de diabetes, cicatrização e sinalização celular. De 2020 até 2024, foi chefe do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento, no qual atualmente é vice-chefe. Também atuou na direção da Sociedade Brasileira de Biologia Celular de 2006 até 2022.

 

 

 

 

Ana Carolina Guerra | Acadêmica Agência de Comunicação e NUCOM-ICB

07/05/25
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