Estatuto USP
Resolução 3461, de 7 de outubro de 1988
“Artigo 93 – A Universidade e as Unidades poderão conceder o título de Professor Emérito a seus professores aposentados que se hajam distinguido por atividades didáticas e de pesquisa ou contribuído, de modo notável, para o progresso da Universidade.”
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Profa. Telma Maria Tenório Zorn
Graduada em medicina pela UFAL, em 1972, obteve os títulos de Doutora em Histologia, em 1977, e Livre Docente, em 1990. Tornou-se Professora Titular do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), em 1994, onde atua na pesquisa e no ensino junto ao Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento desde 1975. No ICB-USP, também exerceu as funções de Vice Chefe e Chefe de Departamento, Vice-Presidente e Presidente da Comissão de Pós-Graduação e Presidente da Comissão de Pesquisa. Além disso, fora Vice-diretora na gestão de Magda Maria. Telma foi Pró-Reitora de Graduação da USP no período de 2010 a 2013 e é Membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo desde 2008. Sua carreira está pautada em atuar na área de Biologia Celular e Tecidual e seus estudos visam conhecer a composição e entender o papel de moléculas da MEC na interface materno-fetal no período de periimplantação embrionária – fase crítica para o sucesso da gestação. Publicou 105 artigos científicos que podem ser encontrados como (Zorn TMT;Zorn TM;Zorn TT) e por um desses foi agraciada com o prêmio de Destaque científico pelo Institute of Scentific Indexation dado aos artigos produzidos por pesquisadores brasileiros integralmente no Brasil, mais citados na década de 90. Formou 21 doutores e 5 mestres, supervisionou 6 estágios de pós-doutoramento, e 23 de iniciação científica.
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Prof. Erney Plessman Camargo
Graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), em 1959, e tornou-se conhecido por produzir importantes trabalhos científicos ligados à doença de Chagas e à Malária, duas doenças consideradas negligenciadas, que atingem a parte mais desfavorecida da população. Perseguido pelo regime militar de 1964, o parasitologista saiu do país para trabalhar nos Estados Unidos e, em 1969, retornou ao Brasil. Entretanto, negado pela USP, trabalhou por dois anos em empresas privadas até ser contratado pela Escola Paulista de Medicina (EPM) – atualmente liigada à Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Permaneceu neste emprego por 15 anos e é consagrado por reestruturar o Departamento de Parasitologia da Faculdade. Em 1986, voltou à USP como Professor Titular, onde também foi responsável pela reestruturação da área da Parasitologia. Foi o primeiro pró-reitor de Pesquisa, antes de assumir a presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de presidente do Instituto Butantã e da Fundação Zerbini, que gerencia o Instituto do Coração (InCor) da FMUSP.
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Prof. Flávio Fava de Moraes Além da docência, publicou mais de 150 trabalhos científicos, além da orientação de inúmeros títulos de Mestre e Doutor. Entre as atividades executivas exercidas no Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, destacam-se: Professor Visitante da Universidade de Michigan – USA; Diretor Executivo da Fundação do Vestibular-FUVEST; Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP; Diretor Científico da FAPESP; Reitor da USP; Presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo; Secretário de Ciência e Tecnologia de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Membro do Conselho Estadual de Educação; Vice-Presidente da Associação Internacional de Universidades/UNESCO-Paris; Diretor Executivo da Fundação SEADE; Membro de Conselho Gestor CT-INFRA do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Presidente do Conselho Superior da Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Membro do Conselho Superior de Estudos Avançados – CONSEA/FIESP; Diretor Geral da Fundação Faculdade de Medicina da USP. Entre as principais distinções recebidas, destacam-se: W.G. Gies Foundation Award, USA; Histochemical Society – USA; Société Française D’Histochemice – França; Universidad Caetano Heredia – Peru; Universidad de Carabobo – Venezuela; Ordem do Infante Dom Henrique da Presidência da República de Portugal, Portugal; Soka University – Japão; Ordem Nacional do Mérito Científico, Presidência da República – Brasil; Universidad Nacional de Tucuman; Academia Paulista de Educação. Na Universidade de São Paulo, foi agraciado com: “Homenagem USP 70 ANOS”; Universidade de São Paulo; Professor Emérito do ICB-USP; e Condecoração Armando S. Oliveira – Ex-Reitor/USP. |
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Prof. Gerhard Malnic
Nascido em Milão, Italia, em 1933, naturalizou-se brasileiro em 1956. Médico, pela Faculdade de Medicina da USP, obteve o título de Doutor, em 1960 e de Livre-Docente em Fisiologia, em 1965. Em 1973, tornou-se Titular do Departamento de Fisiologia e Farmacologia do ICB/USP. Realizou estágio na Tulane University, New Orleans (USA). Foi estagiário e posteriormente professor visitante na Cornell University Medical College, New York (USA) e Yale University Medical College, New Haven (USA). Pesquisador aclamado na área de Fisiologia e Biofísica do rim, particularmente, em transporte de íons pelo epitélio tubular renal, incluindo acidificação urinária e regulação da atividade iônica celular. Entre as principais atividades administrativas exercidas bem como relacionadas ao ensino e pesquisa, destacam-se a Chefia do Departamento de Fisiologia e Biofísica; Diretor do ICB/USP e do Instituto de Estudos Avançados – IEA/USP; Vice-Presidente da ADUSP; Secretário Geral da Associação Latino-Americana de Ciências Fisiológicas; Presidência das Sociedades Brasileira de Biofísica e de Fisiologia; Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências; da Academia de Ciências da América Latina e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, onde também foi Presidente. Foi agraciado com o Prêmio GA Borelli Medal, recebido na Itália, e com o título de Comendador Grão-Cruz, recebido da Ordem Nacional do Mérito Científico. Membro de corpos editoriais dos periódicos: Kidney International; Brazilian Journal Biol.Med. Research; American Journal of Physiology, Renal; Physiological Reviews. Considerado pela FAPESP o “artesão do laboratório”, o Professor Malnic dedicou sua carreira a produção de conhecimento e a Universidade de São Paulo, tornando-se Professor Emérito do ICB/USP, em 2004. Possui mais de 135 trabalhos completos publicados em revistas internacionais, 2 livros, 13 capítulos de livro, e produziu inúmeros títulos de Mestre e Doutor.
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Prof. José Carneiro da Silva Filho
Graduou-se, em 1954, em Medicina na Faculdade de Medicina do Recife – atual Universidade Federal de Pernambuco; exerceu papel de docente na mesma Universidade. Em 1956, iniciou sua trajetória em pesquisa no Laboratório de Fisiologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) no qual organizou um setor de radioautografia. A partir de 1957, realizou estágios nas Universidades de McGill, Canadá, da Virginia (EUA) e de Londres, Reino Unido. Foi responsável pela comprovação da sintetização do colágeno do osso e da dentina através dos osteoblastos e dos odontoblastos, respectivamente. Sua importância dentro da Universidade de São Paulo lhe proporcionou a participação em diversas comissões, tais como: Assuntos Educacionais (CAE), Orçamento e Patrimônio (COP) e Legislação e Recursos (CLR). Destacou-se pelos dois mandatos como Diretor do ICB; exerceu ainda encargos de direção na Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP) e, na Unidade de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário (UEP-HU), onde promoveu uma fusão entre este e o próprio ICB. Dentre os inúmeros feitos memoráveis, o mais marcante foi à redação e publicação, juntamente com o Professor Luís Carlos Junqueira, do livro didático Histologia Básica. Esse livro foi considerado um dos cem livros de maior impacto mundial para o conhecimento, sendo o primeiro e único título brasileiro nesta lista, além de ter sido traduzido para mais de 15 línguas. Antes de exercer o seu primeiro mandato como Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), fora vice-diretor, durante a Gestão do Diretor Reynaldo Schwinatt Furlanetto.
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Prof. Alberto Carvalho da Silva
Formado em medicina, professor emérito da USP, co-fundador e diretor presidente da FAPESP, Alberto Carvalho da Silva foi afastado do cargo da diretoria científica em 1969, por causa da conjuntura político-militar. Passou a trabalhar na Fundação Ford como consultor técnico em ciência, tecnologia e nutrição. Organizou diversos encontros e seminários sobre política científica e tecnológica, segurança alimentar, política industrial brasileira e relações universidade-empresa.
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Prof. Luiz Rachid Trabulsi
Nasceu na cidade de Vargem Grande (MA) onde fez o curso primário. O curso secundário foi realizado no ginásio Maranhense (São Luís) e o curso colegial no Colégio Estadual da Bahia (Salvador). Graduou-se em Medicina em 1953 pela Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia. Durante os anos de 1954 e 1955 estagiou no Serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Passou os anos de 1956, 1957 e parte de 1958 estagiando em vários serviços de Imunologia da Alemanha, obtendo o título de Dr.Med. pela Universidade de Erlangen em 1957. Retornando a São Paulo, passou a trabalhar no Departamento de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde permaneceu até 1970. Neste período, obteve os títulos de Doutor e mais tarde o de Professor Livre-Docente e estagiou pelo período de um ano no Center for Disease Control (CDC) Atlanta-USA e pelo período de 03 meses em vários serviços de Microbiologia da Universidade de Londres. Em 1970, fez concurso para Professor Titular de Microbiologia da Escola Paulista de Medicina, tornando-se em seguida, Chefe do Departamento de Microbiologia e Parasitologia. Com a colaboração dos Profs. Erney Plessmann Camargo e Nelson Figueiredo Mendes, reestruturou o Departamento e criou o curso de pós-graduação em Microbiologia e Imunologia. Em 1988, solicitou aposentadoria à Escola Paulista de Medicina. Publicou até agora, em torno de 180 trabalhos, a maioria em periódicos internacionais e orientou 20 teses de doutorado e 40 de mestrado. Os trabalhos publicados entre 1980 e 1986 (60), a maioria sobre Escherichia coli, o tornaram o microbiologista brasileiro mais citado, em uma recente avaliação do Citation Index. Além disto ocupou o 6º lugar entre os 170 cientistas mais citados. É editor dos livros: Microbiologia e Microbiologia das Infecções Intestinais. Foi consultor temporário da Organização Mundial de Saúde de 1980 a 1986, membro do Conselho do Instituto Butantã, diretor do Instituto Adolfo Lutz, presidente da Sociedade Brasileira de Microbiologia, em três períodos, e fundador da atual Revista de Microbiologia. Recebeu várias homenagens de alunos e entidades científicas, sendo que uma das mais gratificantes foi a utilização do seu sobrenome para designar uma espécie (Koserella trabulsi) e mais recentemente um gênero (Trabulsiella) da Família Enterobacteriacea.
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