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Pesquisadora do ICB-USP testa luz LED para tratar osteoartrite no joelho; pacientes relatam melhora

O laboratório da professora Marucia Chacur analisa a eficiência da luz como tratamento para dores crônicas. Testes recentes em pacientes com osteoartrite no joelho, em colaboração com o Hospital das Clínicas da USP, têm se mostrado promissores


  07/05/2019

 

Pesquisadores do Laboratório de Neuroanatomia Funcional da Dor, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), se dedicam a estudar novas terapias não farmacológicas – isto é, sem medicamentos – para o tratamento de dores crônicas. Uma dessas terapias é a fotobiomodulação, que consiste em tratar a dor utilizando luzes LED ou laser. Atualmente, de acordo com a professora Marucia Chacur, responsável pelo laboratório, o grupo realiza testes com LED em pacientes com osteoartrite no joelho, em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

 

Os testes ocorrem em dez sessões, duas vezes por semana. A especialista explica que a ideia não é substituir os medicamentos, e sim trabalhar em conjunto para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Segundo ela, o estudo tem apontado resultados positivos. “Utilizando a escala de dor EVA, pacientes que antes tinham uma dor 8 ou 9, relatam uma diminuição para 5 ou 4. Pessoas que antes não conseguiam realizar atividades normais do dia a dia, como subir escadas ou vestir uma roupa, acabam conseguindo fazer mais coisas e já ficam felizes por isso”.

 

Diferente das luzes utilizadas em procedimentos estéticos, que atingem uma região mais superficial, o equipamento utilizado no tratamento é configurado para emitir uma luz de maior comprimento, que penetra nas diferentes camadas da pele.

 

Em relação aos benefícios da luz, sabe-se que ela age diretamente na mitocôndria, aumentando a quantidade de energia (ATP) nas células. No entanto, pessoas diferentes podem captar uma quantidade diferente de energia – e a quantidade necessária também depende do tipo de dor. “Dependendo da cor da pele ou da massa corporal, a quantidade de energia absorvida varia e, consequentemente, pode ser necessário utilizar diferentes comprimentos de onda [de luz]”, explica.

 

A pesquisadora Marucia Chacur destaca que o laboratório ainda está recebendo pacientes para o estudo de osteoartrite de joelho. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (11) 3091-8452.

 

Aline Tavares | Acadêmica Agência de Comunicação