Paulo Abrahamsohn e Zuleica Fortes, docentes aposentados e membros dos Programas de Pós-Graduação em Histologia e Embriologia e Farmacologia, respectivamente, receberam vídeos de agradecimento enviados por colegas e ex-alunos.
O Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) acaba de celebrar os 50 anos de formação da sua primeira turma de pós-graduação. Em comemoração à data, foram selecionados dois de seus dez formandos, que tiveram maior envolvimento junto à comunidade, para receberem uma homenagem. Foram eles os professores Paulo Abrahamsohn e Zuleica Fortes, que acabaram se tornando também docentes no Instituto.
Os homenageados eram egressos de diferentes programas. Abrahamsohn se formou pelo Programa de Pós-Graduação em Histologia e Embriologia, hoje conhecido como Biologia de Sistemas. Já Fortes tornou-se doutora pelo programa em Farmacologia. Hoje, o Instituto possui seis programas, que já formaram mais de 3560 estudantes.
A comemoração aconteceu no dia 5 de outubro, em uma reunião da Congregação do ICB, juntamente com uma apresentação que recapitulou, em dados, um pouco da história da pós-graduação do Instituto.
Na ocasião foi divulgado um vídeo organizado pela professora Maria Luiza Barreto-Chaves, vice-presidente da Comissão de Pós-Graduação do ICB (CPG), e pelo docente sênior do Departamento de Farmacologia, Antonio Carlos Oliveira, que reúne diversos depoimentos de profissionais que trabalharam ao lado dos homenageados ao longo desses 50 anos.
“São duas pessoas que fazem parte do convívio do ICB de forma muito intensa, e tiveram um papel muito importante e contínuo ao longo de muitos anos, tanto no âmbito acadêmico como no administrativo”, afirma a professora Ana Paula Lepique, presidente da CPG, e uma das organizadoras da homenagem.
O professor Abrahamsohn, ainda hoje ativo como docente sênior do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento e coordenador da Comissão de Apoio à Comunidade do ICB, defendeu em 9 de junho de 1971 a sua tese “Incorporação de leucina-H3 e teor de ácido ribonucleico citoplasmático detectável citoquimicamente durante o processo mitótico da célula acinosa do pâncreas do rato”, sob orientação do professor Antonio Sesso. Em seguida, o pesquisador passou a coordenar principalmente estudos sobre: camundongo, ultraestrutura, células deciduais, endométrio e colágeno.
Primeira mulher a defender uma tese de doutorado pelo ICB e também a única da primeira turma, Fortes defendeu em 10 de fevereiro de 1972 a tese “Dosagem microbiológica de alguns Derivados Fenotiazínicos”, sob orientação do professor Szulim Ber Zyngier.
Após a conclusão do doutorado, a pesquisadora passou a fazer parte do quadro de docentes do Departamento de Farmacologia do ICB, onde coordenou estudos na área de farmacologia vascular, com ênfase na resistência à insulina criada por condições como diabetes, obesidade e alterações vasculares. Além disso, ela exerceu diversos cargos administrativos e foi fundamental na implantação do biotério no Instituto, local voltado à conservação de animais, como rãs e roedores, para experimentos, e que disponibiliza modelos animais para pesquisadores da USP e de outras instituições.
Além de Abrahamsohn e Fortes, foram formados os seguintes pesquisadores: Douglas Antonio Zago, Francisco Gacek, Gabriel Bento de Mello, Luiz Longhi, Newton Macha, Renato Giuffrida, Sylvio Simões, Werner Robert Schmidek.
Confira as fotos da homenagem aqui.
Por Felipe Parlato | ICB-USP
Editado por Gabriel Martino | Agência Acadêmica de Comunicação