Marielly Rocha, do curso de Ciências Fundamentais para a Saúde, se destacou com dois projetos que visam promover a equidade de gênero nas áreas de STEM.
A estudante Marielly Rocha, aluna do curso de Ciências Fundamentais para a Saúde do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-SP), ao lado de Lívia Pinaso, graduanda de medicina na USP de Ribeirão Preto, representou o Brasil no programa Fora’s Global Summit, realizado entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro, em Toronto, no Canadá.
A iniciativa reúne jovens que defendem a igualdade de gênero em diferentes partes do mundo para atividades de desenvolvimento de liderança e treinamento em criação de políticas públicas. Anualmente, são selecionadas 30 jovens, entre 18 e 24 anos, com histórico comprovado de liderança na área. O treinamento inclui diversos workshops sobre temas como liderança e desenvolvimento de oportunidades.
Marielly destacou-se em duas iniciativas criadas em 2021 que visam promover a equidade de gênero nas áreas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Uma delas é a Girl Up Rosalind Franklin (@girluprosalindfranklin), grupo inserido no movimento global Girl Up. O coletivo realiza, entre outras atividades, experimentos científicos com materiais de uso cotidiano para jovens em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é apresentar e reforçar a figura da mulher como cientista. O projeto conta com 22 participantes.
A outra é a Ciência & Elas (@cienciaeelas), que conta histórias de meninas e mulheres que atuam ou atuaram em STEM para que sirvam de inspiração a outras. O projeto também compartilha oportunidades e realiza eventos e cursos para meninas que querem iniciar suas trajetórias nas áreas de STEM.
“Conhecer o laboratório de Phage Display, do professor Shane Miersch, da Universidade de Toronto, foi uma ótima oportunidade para praticar meu inglês no âmbito da minha linha de pesquisa, em um laboratório parceiro”, conta Marielly, que estuda terapias contra o câncer em sua iniciação científica no Instituto Butantan.
Para ela, participar do Summit foi uma experiência única, e a troca cultural muito enriquecedora. “Minha colega de quarto, por exemplo, nasceu no Afeganistão, cresceu como refugiada no Paquistão e hoje estuda nos EUA. Ela é fundadora da Esheel Stitching Circle, que emprega mulheres em situação de vulnerabilidade no Afeganistão e Paquistão e busca preservar a cultura de um artesanato regional. Também foi ótimo conhecer a Lívia Pinaso, que além de ser do mesmo estado e universidade que eu, atualmente é ativista pelo meio ambiente. Ela é uma das fundadoras da ONG Polluters Out Brasil.”
Por Felipe Parlato | ICB-USP